Dia 8 de março de 2023. Dia Internacional alusivo aos Direitos das Mulheres.
Dia de ganhar flores, de receber cumprimentos e gentilezas. Mas, sobretudo, dia de refletir sobre as situações que seguem ocorrendo, como o feminicídio e a desigualdade no trabalho, por exemplo.
De fato, vivemos tempos imensamente difíceis.
E o curioso, é que décadas atrás nem tínhamos leis tão incisivas acerca dos direitos sexuais reprodutivos, da liberdade de expressão, do direito ao voto, do direito de não usar o sobrenome do esposo, do direito de se separar e divorciar, de escolher a profissão e exercê-la, sendo respeitada, etc. A lista das conquistas é grande.
Mas, como eu disse no início, surpreendentemente, nos tempos atuais o machismo, o sexismo e a visão patriarcal-colonizadora persistem. E muitas vezes, vem acrescidos de discursos moralizadores, de cunho religioso, visando submeter a mulher a perfis, padronizações e condições que não fazem sentido ou, pior ainda, são degradantes e avessas à sua liberdade.
Precisamos refletir sobre isso, urgentemente!
As mulheres, como cidadãs, devem ter suas escolhas afetivas, profissionais e políticas respeitadas.
Isso implica em centralizar a identidade e os planos de realização da mulher nela mesma, sem limitar-se às funções, conveniências e papéis sociais preestabelecidos.
E isso precisa ser praticado, desde a infância, rompendo com percursos massificadores que esmagam sua identidade, potência, criatividade e leveza naturais.
Nessa direção, escolas são formadoras fundamentais, criando novos olhares e receptividades ancorados em vivências pedagógicas democráticas.
E para contribuir, nessa direção, a Nova Práxis Editorial criou a Coleção Mulher, onde reúne vários livros escritos por mulheres e para mulheres, da literatura ao texto acadêmico, voltados à promoção de caminhos mais justos.
Por que é inaceitável que homens, nascidos de mulheres, não as cuidem, nem as protejam. Somos cercados de mulheres. Elas são fundamentais em nossas sociedades e a elas devemos respeito, gratidão e amor.
Então, nesses dias difíceis, as flores e presentes materiais continuam valendo. Mas o preferencial é que venham acompanhados de respeito.